O seu lema era "Renovar
todas as coisas em Cristo", expresso na sua encíclica E Supremi
Apostolatus. Por esta razão, foi um defensor intransigente da ortodoxia
doutrinária e governou a Igreja Católica com mão firme numa época em que esta
enfrentava um laicismo muito forte e diversas tendências do modernismo,
encarado por ele como a síntese de todas as heresias nos campos dos estudos
bíblicos e teologia.
Pio X introduziu grandes reformas
na liturgia e codificou a Doutrina da Igreja Católica, sempre num sentido
tradicional e facilitou a participação popular na Eucaristia. Foi um Papa
pastoral, encorajando estilos de vida que refletissem os valores cristãos.
Permitiu a prática da comunhão eucarística frequente e fomentou o acesso das
crianças à Eucaristia quando da chegada à chamada idade da razão. Promoveu
ainda o estudo do canto gregoriano e do catecismo (ele próprio foi autor de um
catecismo, designado por Catecismo de São Pio X). Criou a Pontifícia Comissão
Bíblica e colocou as bases do Código de Direito Canônico, promulgado em 1917
após a sua morte. Publicou 16 encíclicas. No Brasil foi o fundador da Diocese
de Taubaté, no Estado de São Paulo.
Pio X não receou provocar uma
crise com a França quando condenou o presidente francês por visitar Victor
Emmanuel III, Rei de Itália, com quem a Igreja estava de más relações desde a
tomada dos Estados Papais na unificação italiana, em 1870. Entre as
consequências deste embate cita-se a completa separação entre Igreja e Estado
em França e a expulsão dos Jesuítas. Teve como secretário de Estado o famoso
cardeal Merry del Val.
Na lápide do seu túmulo na
Basílica de São Pedro no Vaticano, lê-se: A sua tiara era formada por três
coroas: pobreza, humildade e bondade. Foi beatificado em 1951 e canonizado em 3
de Setembro de 1954 por Pio XII. A Igreja celebra a sua memória litúrgica no
dia 21 de Agosto. É actualmente o patrono dos peregrinos enfermos e é considerado
como o maior dos Papas do século XX, disputando tal título com o Papa João
Paulo II.
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