Hoje meditaremos os Mistérios da Luz ou Luminosos, que foram instituídos pelo papa João Paulo II.
Eles nos apresentam o início da vida pública de Jesus, bem como seus milagres e ações, até a Última Ceia. Com eles aprendemos a vivenciar, no dia a dia, os mandamentos do Senhor.
1º MISTÉRIO DA LUZ:
Meditemos sobre o Batismo de Jesus no rio Jordão.
“Em
Cristo não havia pecado, mas Deus colocou sobre Ele a culpa dos nossos pecados
para que nós, por seu intermédio, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Cor 5,21).
Assim, enquanto Cristo desce à água do rio como inocente, o céu se abre e a voz
do Pai proclama-o Filho muito amado (cf. Mt 3,17), ao mesmo tempo em que o
Espírito vem sobre Ele para investi-lo de poder na missão que o espera.
2º MISTÉRIO DA LUZ: A auto-revelação de Jesus nas Bodas de Caná.
O primeiro milagre em Caná da Galiléia constitui um passo decisivo na
formação da fé dos discípulos. Maria foi chamada por Jesus como “Mulher”
neste primeiro milagre e outra vez no Calvário. Entre esses dois acontecimentos
da vida de Jesus, Caná e o Calvário, há várias analogias.
Situam-se um no
começo e o outro no fim da vida pública, como para indicar que toda a obra de
Jesus está acompanhada pela presença de Maria Santíssima. O seu título de Mãe
adquire ressonância especialíssima: Maria atua como verdadeira Mãe de Jesus
nesses dois momentos em que o Senhor manifesta a Sua divindade. Ao mesmo tempo,
ambos os episódios assinalam o especial interesse e desvelo de Maria Santíssima pelos homens: Em Caná da Galiléia ela intercede
quando “ainda não chegou a hora”; no Calvário Maria oferece ao
Pai a morte redentora de seu Filho e aceita a missão que Jesus lhe confere de
ser Mãe de todos os crentes, representados por João, o discípulo amado (cf. Jo
2,3).
3º MISTÉRIO DA LUZ:
Meditemos sobre o anúncio do Reino de Deus e o convite de Jesus à conversão.
O
início da pregação do Evangelho foi marcado por um apelo de Jesus:
“Convertei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15), daí a necessidade da conversão.
Assim, Jesus iniciou sua pregação anunciando o advento do Reino de Deus
convidando à conversão e perdoando os pecados de quem se dirige a Ele com
humilde confiança.
4º MISTÉRIO DA LUZ: A
transfiguração de Jesus.
A
partir do dia em que Pedro confessou que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus
vivo, o “Mestre começou a mostrar a seus discípulos que era necessário que
fosse a Jerusalém e sofresse... que fosse morto e ressurgisse ao terceiro dia”
(Mt 16,21); Pedro rechaça este anúncio, os demais também não compreenderam.
É
neste contexto que se situa o mistério da Transfiguração: o rosto e as vestes
de Jesus tornam-se fulgurantes de luz, Moisés e Elias apareceram, “falavam de
sua partida que iria se consumar em Jerusalém” (Lc 9,31). Uma nuvem luminosa os
cobre e uma voz do céu diz: “Este é o meu Filho, o Eleito; ouvi-o”
(Lc 9,35).
“Por
um instante, Jesus mostra sua glória divina, confirmando, assim, a confissão de
Pedro. Mostra também que, para entrar em sua glória (cf. Lc 24,26), deve passar
pela cruz em Jerusalém.
5º MISTÉRIO DA LUZ:
Meditemos sobre a Eucaristia.
Na
véspera de sua paixão e morte Jesus reúne seus discípulos no cenáculo e,
enquanto estavam comendo, tomou o pão e pronunciou a bênção, partiu-o, deu-o
aos discípulos e disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo”. Em seguida, pegou
um cálice, deu graças e passou-o a eles, dizendo: “Bebei dele todos, pois este
é o meu sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para
remissão dos pecados”
(Mt 26,26-28).
Jesus,
nessa ocasião da última ceia, lavou os pés dos discípulos e, despedindo-se dos
seus, disse-lhes: “Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros. Como
eu vos amei, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros. Nisto todos
conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (Jo
13,34-35).
“Para
deixar-lhes uma garantia deste amor, para nunca afastar-se dos seus e para
fazê-los participantes de sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memória de
sua morte e de sua ressurreição, e ordenou a seus discípulos que a celebrassem
até a sua volta, “constituindo-os então sacerdotes do Novo Testamento” (cf. Lc
22,7-20; 1Cor 11,23-26; At 2,42-46; 20,7).
Que Nossa Senhora nos ajude a contemplar e a viver a cada instante os mistérios de seu filho Jesus.
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