Santa Teresa de Lisieux, em uma de suas obras, descreve seus pensamentos sobre Maria, ressaltando a incapacidade dos padres daquela época em falar sobre Nossa Senhora como mulher simples e imitável:
“Apresentam-na inacessível; seria preciso apresentá-la imitável, realçar suas virtudes, dizer que vivia de fé, como nós. Comprová-lo com o Evangelho [...] Sabemos muito bem que a Santíssima Virgem é Rainha do Céu e da terra, mas é mais ‘mãe’ do que ‘rainha’”.
Esse belo e profundo pensamento ajuda-nos a perceber e ter um olhar mais claro sobre Maria, mãe de Jesus e nossa. Quando nos deparamos com o ‘divino’, automaticamente surge uma dificuldade de entender esse grande mistério: Deus, Santíssima Trindade, milagres... E é só com nossa fé que damos "respostas" a estes mistérios.
O mesmo acontece com Maria. Se olharmos para ela só como pessoa gloriosa, de aspectos grandiosos, nossa relação com ela fica limitada; não teríamos coragem e nem entusiasmo para imitá-la, pois somos limitados. Temos também que vê-la como humana, como mulher que tinha sua vida simples, que tinha sonhos e projetos para o seu futuro, mas que soube ouvir a voz de Deus e, cheia de fé, aceitou ser a mãe do Salvador. Diz o seu ‘sim’ e se entrega nas mãos de Deus, deixando o Espírito Santo agir.
Maria de Nazaré é imitável, é exemplo. Ela vivia de fé, como nós. Suas ações cheias de virtudes, do silêncio e da confiança em Deus, reforçam-nos a também sermos virtuosos.
Se prestarmos atenção em sua humanidade, de mulher de Deus, cheia de fé, antes de olharmos suas virtudes gloriosas, certamente teremos uma relação bem melhor com ela, podendo verdadeiramente chamá-la de MÃE.
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