As
origens do discípulo-missionário
Neste
mês, que a Igreja Católica volve o seu olhar para as missões, é preciso voltar
as nossas origens missionárias, isto é, aos primeiros envios missionários
feitos pelo próprio Jesus, e olharmos para as suas motivações e intenções ao
enviar os discípulos. Para, assim, podermos compreender o que faz o coração do
discípulo-missionário arder para anunciar o Reino de Deus.
Encontramos
algumas dessas evidências no Evangelho de Lucas: “Um pouco depois, o Senhor
designou outros setenta e dois e os enviou à frente, de dois a dois, a todas as
cidades e lugares onde pensava ir.” (Lc 10,1). Ele enviou os seus onde pensava
ir, pois talvez não fosse passar por aquelas localidades, mas enviou-os para
anunciar a boa nova do Reino de Deus. Devemos fazer esta pergunta: Onde Ele,
hoje, pensa ou quer ir? Entretanto, não devemos controlar a resposta desse
questionamento, direcionando-o para onde nós queremos que Ele vá! Jesus irá,
realmente, onde se necessita do Reino de Deus.
Os
discípulos são chamados a seguir o Senhor mais de perto para aprender, com os
seus gestos, palavras e ações, serem testemunhas do amor do Pai àqueles que
mais precisam. Porém não devem ficar eternamente em cima do monte Tabor, porque
o batizado ao assumir sua vocação de discípulo-missionário deve descer até a
planície e ser outro Cristo no mundo. Hoje, Jesus não tem pernas, nem braços e
corações físicos. Portanto, neste mês das missões, convido você, leitor, a
assumir sua vocação de ser: as pernas de Jesus, que levam o Evangelho a toda
parte; os braços de Jesus, para abraçar, acolher e confortar os sofredores; e o
coração de Jesus, que ama sem julgar, sem maltratar e sem ser indiferente ao
sofrimento alheio.
Então,
lembremos sempre que a nossa família, o nosso ambiente de trabalho e de
estudos, bem como um coração sofredor e que tem sede de amor: é terra de
missão.
N. Giovani, BBH
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